Uma das
preocupações da ciência geográfica é o espaço e as relações do homem com o
mesmo, historicamente o mapa tem sido usado para representação espacial dos
acontecimentos na terra. A proteção contra inimigos, ou seja, a defesa e o ataque
são um dos fatores que contribuíram com a precisão dos mapas atuais, bem como a
localização de recursos naturais, como alimentos e água. A elaboração de mapas
simples ou complexos está ligado aos percursos/itinerários feitos pelo homem,
sua memorização e por último sua representação e construção. Segundo Sanches
existem vários tipos de mapas, entre eles:
Carta: Representa parte da superfície terrestre em escalas
grandes, oferecendo algum detalhe, Mapa: È preciso, em escalas menores,
oferecendo menos detalhes, Cartograma: Não oferece tanta precisão,
preocupando-se com a distribuição espacial dos recursos e acontecimentos
Os mapas são
usados em muitas atividades desenvolvidas pelo homem, tais como: a navegação
aérea e marítima, turismo, exploração de minérios e principalmente a atividade
militar, lembrando a evolução da tecnologia dos satélites que oferecem precisão
e velocidade de localização; Percebemos com isso que a evolução e uso dos mapas
está intimamente ligado também com a manutenção do poder, disputas territoriaIs
e interesses específicos de determinados grupos humanos, lembramos aqui da
importância do domínio do mar mediterrâneo para civilizações/impérios como
Cartago e o Império Romano.
O homem e outros animais possuem habilidade espacial que lhes oferecem
percursos e facilitam na localização e memorização dos objetos, essa habilidade
e denominada graficacia, a articulacia é a habilidade de comunicação por
ruídos/sons, a escrita desenvolvida pelo homem e chamada de literacia, e a
numeracia e a habilidade de trabalhar com símbolos numéricos, relacionando-os
com acontecimentos terrestres.
Cada mapa possui uma finalidade específica (lembrando dos interesses de
certos grupos humanos), bem como é produzido por uma pessoa/grupo para outra
pessoa/grupo, não atendendo as necessidades reais de todas as pessoas/grupos,
EX: mapas que mostrem a distribuição espacial de minérios geralmente atende ao
interesse dos grandes especuladores e o do estado.
Na atualidade os mapas e os recursos tecnológicos são altamente precisos,
uma determinada área é analisada levando em consideração também aspectos
sociais, que envolvem o homem e sua atuação econômica, cultural, política,
entre outras. Historicamente, o homem no intuito de movimentar-se, desde tempos
remotos, representou a paisagem utilizando-se de símbolos relacionados com o
que via, essa habilidade confunde-se com a própria escrita, ou mesmo à antecede
No processo de mapeamento, à quantidade de informações contida no mapa
constituem fator fundamental, essas informações devem estar legíveis, possuir
clareza e objetivo; à saturação ou a má representação das informações contidas
no mapa podem prejudicar sua leitura e seu uso. A ciência cartográfica
necessita do apoio de outras áreas da ciência, bem como de aparelhos específicos
como a bússola, radares, entre outros; cada mapa elaborado tem uma finalidade,
portanto suas dimensões são relativas ao objeto/lugar a ser representado, cada
qual com sua escala, oferecendo mais ou menos detalhes da informações contidas
no matéria cartográfico. O mapa nos dá um ponto de vista vertical (cima) da
terra/solo, diferentemente da visão real, onde o plano geralmente é horizontal
(frente).
Os mapas são utilizados no ensino de várias disciplinas escolares, mas é
a geografia que pode trabalhar com a didática do mesmo, desenvolvendo na
criança uma noção de espaço. O problema é que os mapas são feitos por adultos e
para adultos, faltando ainda na ciência geográfica um desenvolvimento de mapas
específicos para as crianças, que facilite o ensino-aprendizagem, a
visualização e o desenvolvimento da leitura de mapas com mais informações
contidas. Segundo Lívia de Oliveira, no ensino do mapa, três aspectos devem
ser analisados: os tipos de mapas escolares utilizados e disponíveis para o uso
nas diversas escolas; a seleção dos mapas e suas funções em sala de aula; e por
ultimo, mas de forma não menos importantes, o preparo dos professore no tocante
dos mapas. Percebemos então que os tipos de mapas disponíveis nem sempre
serão os mapas certos para certos assuntos, e que o professor de geografia tem
dificuldades de trabalhar a didática correta dos mapas em sala de aula, em
vista da sua formação acadêmica, onde o licenciado em geografia tem pouco
contato com as disciplinas cartográficas, que estão mais presentes no
bacharelado.
Os mapas parecem ter mais importância para fins específicos, onde ele é
consultado só quando se deseja algo mais preciso, como em uma viagem, por
exemplo; não está inserido de fato no cotidiano das pessoas, sua leitura
correta é sempre muito difícil, alias, elementos da própria geografia são
desconhecidos pela maioria como a noção
de direção (norte, sul, leste e oeste), fundamental para uma boa leitura de um
mapa, percebemos ainda um habito de decorar conteúdo na geografia, e não de
entender uma realidade sócio-espacial de um país, um continente, ou mesmo uma
cidade. Um exemplo na cidade de dourados é que as crianças, os mais jovens
desconhecem o nome dos córregos que atravessam o município, bem como sua
ligação com uma bacia maior e um rio que dá nome à própria cidade; Todavia com
certeza já ouviram falar do rio Tiete em São Paulo-SP ; È
também necessário um desenvolvimento de uma geografia regional e local, que aos
poucos possa ser inserida nas escolas, com o uso de textos e mapas, bem como
vídeos e imagens que retratem um entendimento do local para o global, de uma
realidade vivida e outra a ser percebida e entendida.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
Oliveira, Lívia de. Estudo
metodológico e cognitivo do mapa. São Paulo: USP - Instituto de Geografia, 1978.
ATLAS GEOGRÁFICO MELHORAMENTOS. Pe
Geraldo José Pauwels – Edição 66 65 64 – Ano 2004 03 02 01 00.
Relatório apresentado pelo aluno João Paulo M. Marin
Disciplina: Cartografia Temática
Curso de Geografia - UFGD - 2009
Prof. Charley Aparecido
Relatório apresentado pelo aluno João Paulo M. Marin
Disciplina: Cartografia Temática
Curso de Geografia - UFGD - 2009
Prof. Charley Aparecido
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